Quase seis (59%) em cada dez empresas brasileiras afirmaram ter sofrido no ano passado um ataque ou outro incidente cibernético que impediu o acesso aos seus dados. A informação foi revelada na última edição do Índice Global de Proteção de Dados (GDPI, na sigla em inglês), divulgado anualmente pela Dell Technologies.
O estudo mostrou que a constante jornada de proteção de dados continua sendo um desafio enorme dentro das organizações. Para 68% das companhias, os custos crescentes de armazenamento e gerenciamento de cópias de backup devido ao rápido crescimento dos dados representa uma das maiores barreiras.
O GDPI ouviu 1.500 tomadores de decisão de Tecnologia da Informação (TI) e segurança de organizações de todo o mundo, incluindo no Brasil. Para esses líderes, as empresas estão enfrentando uma crescente ameaça de ataques cibernéticos, sobretudo com o aumento das ferramentas de Inteligência Artificial (IA) generativa e com o gerenciamento das aplicações em diversos ambientes de nuvem (multicloud).
A pesquisa mostrou, por exemplo, que é quase unânime a percepção dos executivos sobre a rápida adoção da IA Generativa dentro das empresas: haverá aumento da superfície de risco e demandará novas medidas para proteger os dados. 85% dos executivos brasileiros ouvidos acreditam que os dados utilizados para a IA generativa serão altamente distribuídos, aumentando, portanto, a preocupação sobre se estão adequadamente protegidos. Por outro lado, 65% deles dizem que a IA Generativa inicialmente proporcionará uma vantagem para que possam se defender contra criminosos cibernéticos, fortalecendo a sua postura de segurança.
De acordo com Wellington Menegasso, Data Protection & Cyber Resiliency Sales Leader para o cone sul da América Latina da Dell Technologies, o estudo trouxe novos elementos sobre as constantes preocupações que as empresas devem ter na proteção dos dados. “O avanço da IA generativa e os desafios em assegurar a integridade das informações em ambientes multicloud fazem com que as empresas e os líderes de tecnologia e de segurança da informação repensem constantemente as suas estratégias de resiliência cibernética”, destaca.
Nos aspectos da computação multicloud, o estudo mostrou que a principal preocupação de mais da metade dos executivos de TI brasileiros (56%) ainda é a complexidade do gerenciamento desses múltiplos ambientes de nuvens públicas (por exemplo, múltiplas ferramentas). Esse cenário é particularmente preocupante, uma vez que para 44% dos respondentes, garantir a segurança cibernética em nuvens híbridas e múltiplas ainda é uma barreira na jornada de transformação digital.
Menegasso avalia que ao passo que as organizações recorrem cada vez mais na adoção de soluções de nuvem pública, implementam modelos de trabalho híbridos e fazem experiências com a IA generativa, a importância da proteção de dados fica mais evidente do que nunca. “No entanto, proteger e preservar os ativos digitais está se tornando um desafio ainda mais complexo para muitos. Em um cenário continuamente ameaçado por ataques cibernéticos, as organizações devem constantemente avaliar como proteger ambientes com várias cargas de trabalho, colocando a segurança cibernética como o recurso mais importante para permitir operações híbridas e multicloud.”
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